Alma Demais!
Apaixonada
por suas escolhas, linda... O mistério a acompanha, como uma Caixa de
Pandora que já me devorou faz tempo. Sou o que cata a poesia que ela
entona no seu dia a dia.
Por: Vladimir Brichta
Adriana, como diria Cesônia vendo Calígola sofrendo na obra de Albert Camus, tem "alma demais". O motivo disso, por mais que viva ao lado dela intensamente há quase dez anos, ainda é um mistério pra mim. Tenho pistas, pois conheço bastante de sua história, das dores e das alegrias, de onde veio e por onde passou. Mas nada disso é decisivo, pois no SE do nosso ofício ela vai além de onde foi. Isso significa
Isso significa que o mistério a acompanha, como uma Caixa de Pandora, que já me devorou faz tempo. Sou o que cata a poesia que ela entorna no seu dia a dia. Ela é como Maria Alice da obra de Domingos de Oliveira, apaixonada por suas escolhas, linda e predestinada a ser lida como poesia.
Adriana é uma agitadora, em tempos de chumbo seria facilmente tachada de subversiva. Mas sua política é nas trincheiras da família, que ela prega e provoca em quem está em volta, sempre em nome de filhos, em nome do amor, em nome da troca. Foi contaminada pela urgência de verdade, de vida, de Amir Haddad. Se deixou tragar pelo turbilhão do processo de montagem da peça Lampião e Maria Bonita e ressuscitou faminta de fé cênica, fazendo de suas atuações catarses sucessivas. libertadoras.
Ela tem um ultra-super-hiper-supra-ego que surge depois de umas doses, batizado de Super-Outra por causa do herói-apocalíptico-delirante homônimo masculino do média-metragem de Edgar Navaro, que ela apontou na tela da TV enquanto ele vocifera contra um sistema social acachapante e disse: "É ISSO, É ISSO!". Quando a Super Outra surge, é uma sucessão de risos e verdades desconcertantes que não tem como nos remeter ao que vem fazendo ao atuar. Honestidade até o último fio de cabelo, como se sem ela não poderia mais respistar.
É um grande momento, mas não é o ínício nem o fim, é o meio, é o presente, o nosso presente.
Vladimir Brichta em Lola Magazine
Por: Vladimir Brichta
Adriana, como diria Cesônia vendo Calígola sofrendo na obra de Albert Camus, tem "alma demais". O motivo disso, por mais que viva ao lado dela intensamente há quase dez anos, ainda é um mistério pra mim. Tenho pistas, pois conheço bastante de sua história, das dores e das alegrias, de onde veio e por onde passou. Mas nada disso é decisivo, pois no SE do nosso ofício ela vai além de onde foi. Isso significa
Isso significa que o mistério a acompanha, como uma Caixa de Pandora, que já me devorou faz tempo. Sou o que cata a poesia que ela entorna no seu dia a dia. Ela é como Maria Alice da obra de Domingos de Oliveira, apaixonada por suas escolhas, linda e predestinada a ser lida como poesia.
Adriana é uma agitadora, em tempos de chumbo seria facilmente tachada de subversiva. Mas sua política é nas trincheiras da família, que ela prega e provoca em quem está em volta, sempre em nome de filhos, em nome do amor, em nome da troca. Foi contaminada pela urgência de verdade, de vida, de Amir Haddad. Se deixou tragar pelo turbilhão do processo de montagem da peça Lampião e Maria Bonita e ressuscitou faminta de fé cênica, fazendo de suas atuações catarses sucessivas. libertadoras.
Ela tem um ultra-super-hiper-supra-ego que surge depois de umas doses, batizado de Super-Outra por causa do herói-apocalíptico-delirante homônimo masculino do média-metragem de Edgar Navaro, que ela apontou na tela da TV enquanto ele vocifera contra um sistema social acachapante e disse: "É ISSO, É ISSO!". Quando a Super Outra surge, é uma sucessão de risos e verdades desconcertantes que não tem como nos remeter ao que vem fazendo ao atuar. Honestidade até o último fio de cabelo, como se sem ela não poderia mais respistar.
É um grande momento, mas não é o ínício nem o fim, é o meio, é o presente, o nosso presente.
Vladimir Brichta em Lola Magazine
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