Adriana Esteves volta à TV em ‘Felizes para sempre?’ e se declara ao marido, Vladimir Brichta: ‘Sou louca por ele. É um homaço’
Parece que foi ontem que Adriana Esteves,
de 45 anos, transformou o Brasil numa Avenida e passou atropelando todo
mundo de forma esplendorosamente má com sua icônica Carminha. Mas isso
aconteceu há dois anos, e tudo o que se foi há mais de um segundo é
passado para a atriz. Ela só mira o futuro. Sequer gosta de se ver em
fotos antigas. Atualmente, a imagem que anda apreciando é a de Tânia, a
bem-sucedida cirurgiã plástica da minissérie “Felizes para sempre?”, que
estreia amanhã, após o “Big Brother Brasil 15”.
— Tenho nervoso de chegar em casa e ter porta-retrato de filho bebê se
ele já é um garoto lindo de 15 anos. Estou fazendo reforma agora na
minha casa e falei: “Vlad, está me incomodando esse painel de fotos com a
gente muito novinho. Bora botar foto da gente hoje! Vamos nos olhar
hoje!” — defende a mãe de Felipe, de seu casamento com o ator Marco
Ricca, e de Vicente, de 8, de sua união com o também ator Vladimir
Brichta, o Vlad, de 38 e Agnes, 17, filha de Vladimir do 1º casamento dele, mas que Adriana a tem como filha : — Prefiro olhar para frente. Ou melhor ainda:
para hoje!
O presente de Adriana, que passou um ano “acordando sem despertador e
almoçando vendo jornal” após se despedir de “Avenida Brasil”, tem
planilha, agenda separada por cor e uma rotina para ninguém colocar
defeito.
Todo domingo vejo a agenda semanal. Para cada filho tem uma cor . Vejo se não esqueci médico de ninguém. Tudo meu é na agenda.
Fico com saudade dela e, de vez em quando, à noite, vou lá e abro no
computador. Adoro ir ticando as coisas. Sou muito organizada e sempre
fui assim — explica a atriz, que não se permite sair da curva: —
Organizo meu lazer, minhas férias. A gente sai para viajar e me pego
falando: “Vlad, a gente vai acordar 8h, tomar café da manhã 8h30, depois
tomar banho, separar roupa...”. E ele fala: “Precisa esquematizar
tudo?”. Preciso da rotina, programar as coisas".Casado com a atriz há nove anos, Vladimir ameniza a situação.
—
Ela tem o dom de uma produtora, é capaz de organizar muito bem as
coisas. É muito ativa. Tem o elemento controlador, sim, mas ela está
exagerando, imagina! Tanto que ela tem boas relações. Se fosse
exagerado, ela seria uma pessoa insuportável — pondera o ator, por quem
Adriana se derrete quando fala.
Um dia me perguntaram: “Você gosta de ser casada?”. Eu gosto dele! Foi
um encontro deslumbrante. Ele é um príncipe, um “homaço’’ na minha vida,
para os meus filhos, meus pais. É uma loucura. Não é só amor romântico.
Acho ele uma das melhores pessoas que já conheci na vida."
O gênio controlador, conta Adriana, não foi herança dos pais, o
pediatra Paulo Felipe, de 73, e a professora de português Regina
Esteves, de 71. Mas anda surtindo efeito entre os seus.
— Com
Felipe pequenininho, eu saía para gravar “O cravo e a rosa” (2000) e
deixava as quatro mudinhas de roupas que ele ia trocar em casa separadas
com a babá. Hoje, meu pequeno pega a meinha, coloca no sapato e bota
num cantinho. É incapaz de deixar alguma coisa fora do lugar. Já com
Felipe, você entra e sabe que ele está em casa. Ele tira a calça, blusa,
meia e deixa em formato de boneco no chão — brinca a mãe superprotetora
e “a mais ciumenta de todas”: — Vlad não acredita no ciúme que tenho da
Agnes. Fico preocupada com ela, para onde está indo, com quem está
indo... Estou me controlando para deixar ela seguir um pouco. Agora está
na Austrália sozinha, fazendo intercâmbio.
A vontade de ser mãe
serve como justificativa para a atriz querer tanto manter seu rebento
sob sua saia. Com aquele olhar apaixonado que só quem tem filho
reconhece, Adriana, que está em seu terceiro casamento, lembra que antes
mesmo de ver sua mocidade aflorar, já sabia que teria um menino chamado
Felipe, em homenagem ao pai.
— Uma vez fomos fazer um passeio num
sítio e uma cachorrinha teve um monte de filhotes. A Adriana viu e
disse: “Ai, meu Deus, que inveja! Queria ter um monte também”. Devia ter
uns 6 anos — lembra a simpática dona Regina, que também desfruta do
espírito maternal da filha do meio e do carinho do genro: — Eles são tão
dedicados. Quando levam para viajar, só faltam carregar a gente no
colo. Cuidam de tudo, até das malas. Você se sente superprotegido. Os
dois são uns paizões nossos. Quando a gente fica mais velho, as coisas
invertem um pouco, né? (Regina é uma fofa, lindo o que ela falou da Adri e do Vlad, um amor mesmo)
Se não tivesse vários temas ainda a serem
ticados na agenda, o papo sobre maternidade acompanhado de salada com
quiche, no meio da tarde, renderia até o jantar. Mas a atriz tem ainda
muita coisa a digerir e aumentar a família não está nos planos.
— A
gente fala que teria mais quando são pequenininhos. Quando ficam
jovens, a gente vê que é uma responsabilidade muito grande, o cuidado
que precisa ter. Minha avó teve sete! Não tinha nem carro para a família
toda. Mas havia mais tempo de acompanhar o estudo. Tanto que formou
todos.
Acha que fui poucas vezes traída? E aí? Já perdoei umas e outras, não
Adriana Esteves
Na
minissérie de Euclydes Marinho, uma releitura de “Quem ama não mata”
(1982) e que fala das relações familiares e profissionais, Adriana
também é mãe de um adolescente, mas se recusa a dar outro filho ao
marido Hugo (João Miguel), que descobre não ser o pai do jovem.
—
Acho que há uma série de motivos para você não querer mais um filho.
Talvez porque está satisfeita com aquele. E ela não é mais uma mocinha,
tem 40 anos. Começar tudo de novo... Entendo profundamente que a mulher
que tem que decidir se quer ter ou não — reflete: — O filho é projeto de
casal. Se for de um só, é difícil para o casamento. Qual o sentido de
ser casal se não está com projeto junto?
Além de tomar
contraceptivo escondido do marido, a cirurgiã plástica Tânia omite
relações extraconjugais, “talvez por falta de amor, autoestima baixa ou
vontade”. Mas independente da escolha de sua personagem, Adriana aposta
no perdão para o casal seguir sua vida.
— É normal para minha vida
perdoar. Se você perdoa, quer ser perdoado também — disserta a atriz,
que já se viu na posição de traída: — Sou uma pessoa vivida, né? Namoro
desde os 16 anos, tive três casamentos (o primeiro foi com o professor
de jiu-jítsu Totila Jordan). Acha que fui poucas vezes traída? E aí? Já
perdoei umas e outras, não.
Na minissérie, não bastassem os problemas conjugais, Tânia ainda terá
que lidar com o fato de ter uma nora quase de sua idade, já que seu
filho Junior (Matheus Fagundes) se encanta com Mayra (Silvia Lourenço),
de 35 anos.
— Não é fácil seu filho de 16 anos te apresentar uma
namorada da mesma idade que você. É uma questão a ser trabalhada. Não é
tão simples. Você imagina chegar uma namoradinha de 18 anos, no máximo, e
não de 40. Acho que é humano a mulher estranhar. É o filhinho dela, é o
ciúme, a vaidade dela. Até ela ver que pode ser uma relação bacana, tem
todos os preconceitos, as dores. É o que eu acho. Tenho filho dessa
idade.
Adriana, aliás, está vivendo a experiência de ser sogra pela primeira vez e entrega: se surpreendeu com a nora.
—
Sou controladora, ciumenta, mas acho ela uma graça, uma princesinha. E
nessa idade deles, uma namorada acaba virando um novo filho. Ela ainda
tem um irmãozinho pequeno que adora meu filho pequeno, então tem horas
que estou com cinco filhos.
Tudo passa...
Assistir
ao primogênito descobrindo o primeiro amor não instiga Adriana a buscar
marcas de expressão, nem mesmo ficar relembrando sua juventude. Ela
está viva. Ponto! E fazendo exatamente o que planejou para a carreira. A
atriz discorre sobre cada personagem com a mesma delicadeza, sem
diferenciá-los em importância. Todos o foram, sem pesos e medidas,
inclusive os mais duramente criticados, como a Mariana de “Renascer”
(1993). (A imprensa não cansa de colocar Renascer em todas as entrevistas que fazem com a Adriana, não é a toa que ela não curte dá entrevista, já imagina que em algum momento da entrevista esse assunto vai ser voltado por quem a tiver entrevistado. Adri tem que ter uma paciência de ouro com essa imprensa, meu Deus)
— Hoje, olhando, o personagem era ótimo. Talvez eu tenha
aumentado, superdimensionado. Me senti muito vítima. Tinha 22 anos. Tudo
pega uma dimensão muito grande, e falar de tanto tempo atrás... Tudo já
foi mudado, reformulado. Dá para olhar até com humor. Todo mundo que
acaba de protagonizar uma novela das nove para, descansa, viaja. Tive,
talvez, a ingenuidade de falar, algum dia, para alguém: “Estou
deprimida”. A minha dor virou a maior do mundo. Por isso, tenho o sonho
de que as entrevistas sejam feitas a partir da hora do encontro. Quando
tudo já foi falado tantas vezes, não é novo.
Mas embora a aclamada
Carminha já tenha ficado para trás, pouco dela foi dissecado por sua
intérprete. E ao relembrar a personagem escrita por João Emanuel
Carneiro, Adriana se empolga e chega a pegar no baú os trejeitos e
detalhes que emprestou para a premiada vilã.
— Quando criança, eu
brincava muito de mentir para convencer a pessoa. Ficava horas contando
uma história. Depois falava assim: “Você acreditou? Porque não era
verdade”. Fiz muito isso na infância e a Carminha era isso. Uma vez
chegaram para os meus pais e falaram: “Que gracinha a Paulinha”. Meu pai
disse que a pessoa estava falando da criança errada, mas ela continuou:
“Como assim? Aquela ali que está brincando não é filha de vocês?”. Meu
pai disse que sim, mas que meu nome era Adriana e perguntou quem tinha
falado que o nome era Paula. “Ela!”, explicou a pessoa. Eu devia ter uns
5 anos — gargalha gaiata, pregando uma peça quando pergunto se ainda
faz essas peripécias: — Tudo que falei foi mentira! (Adri, sua linda! Saudades que estou de ti na TV, enfim, vc vai voltar! E venha, venha que 2015 já é todinho seu!)
Link da matéria me passada por Iara Camargo Fetter - Assis (SP)
Mais nota sobre essa reportagem - http://sintonizetv.blogspot.com.br/2015/01/depois-de-carminha-adriana-esteves-se.html
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