Adriana Esteves

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Nossa Estrela

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Jornal O Globo

Adriana Esteves, Giovanna Antonelli e Deborah Secco: o trio elétrico de 'Segundo sol'

Entrevista Jornal O Globo - Vídeo TV Fama

 Elas dão voz às principais personagens femininas na trama de Joâo Emanuel Carneiro

Qual a maior falha que uma mulher pode cometer? Para o escritor João Emanuel Carneiro, parece que é ser comum. Talvez por isso, a nova novela das 21h, “Segundo Sol”, que acaba de estrear na TV 

Globo, tem três fortes personagens femininas — interpretadas por Adriana Esteves, Deborah Secco e Giovanna Antonelli — que podem ser tudo, menos sem tempero.
A mistura em cena — e fora dela — é explosiva: uma cafetina, uma golpista e uma mocinha às avessas, porque abandona os filhos para fugir da polícia.

Tem mulheres de todos os tipos. Um panorama feminino completo, um verdadeiro mosaico. O que elas têm em comum é que todas são porretas, com um pouco de azeite de dendê na veia — diz João Emanuel.

Com pitadas freudianas, o autor explica a base de sua inspiração para criar personagens tão complexas: — Ao escrever, vou buscá-las na minha mãe. É nas mães que tudo começa, né? Na vida real, Adriana, de 48 anos, Giovanna, de 42, e Deborah, de 38, são mulheres que não querem saber de sombra e água fresca.
Elas garantem que também estão sempre em busca do segundo sol, a postos para uma reinvenção. — O dia em que pensar que cheguei lá, deixo de sonhar, de buscar. Alcancei um objetivo? Ótimo. Mas qual será o próximo, o que vou conquistar em seguida? Se hoje me sinto segura, posso dizer que foi uma luta intensa para chegar até aqui — avisa Giovanna.
Belas, bronzeadas e arretadas, as três protagonistas estrelam este ensaio exclusivo, assinado por Sergio Zalis, inspirado na série de retratos “Cidadãos de Porto-Novo” do fotógrafo beninense Leonce Raphael Agbodjelou.
Adriana conta que não encontrou obstáculos para encarnar a promoter Laureta, a cafetina de cabelão com um quê de perua, que usa sempre roupas justas e nada discretas.
Já achei o tom dela dentro de mim, mas a personagem ainda é um bebê que vai crescendo ao longo da novela. Tenho facilidade em, ao ler os textos do João, sentir tudo que as personagens dele sentem. É de imediata identificação, porque o terreno do João é muito fértil. Ele me deu a Carminha (de “Avenida Brasil”, em 2012), um dos maiores presentes da vida. É claro que agora não tenho a pretensão nem o interesse de fazer algo parecido. Até porque as coisas não se repetem — diz a atriz, que contracena com o marido, Vladimir Brichta, que interpreta Remy, irmão de Beto Falcão, personagem central vivido por Emilio Dantas.

Esbarramos com várias delas por aí na nossa vida. A graça é que é incomum ver mulheres assim descortinadas na televisão. Nas novelas, em geral, a mocinha é muito boa e a vilã, muito má. Ninguém é uma coisa só o tempo todo, né? A malvada do João pode, sei lá, ser uma supermãe. E a boazinha pode cometer algum deslize. Quando contraceno com a personagem da Adriana, aquela víbora, boto para fora meu lado ruim — conta Deborah, a intérprete de Karola que, sem rodeios, ssume que conta com a ajuda dos papéis que interpreta para resolver questões pessoais.

Ser estrela do horário nobre não é, assim, tão fácil quanto possa parecer. Mãe de Pietro, de 12 anos, e das gêmeas Antônia e Sofia, de 7, Giovanna conta que, no início das gravações, ficou 40 dias longe de casa, entre Porto Seguro, Trancoso e Salvador:

Isso foi fundamental para a construção dos nossos personagens. Tivemos que conviver com as pessoas, entender a cultura e a prosódia. Foi tudo muito real mesmo. Sorte que meu marido conseguiu levar as crianças para ficarem uns dias lá comigo.
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