Justiça - 2ª Temporada (Não está definido ainda)
Diretor quer fazer segunda temporada da minissérie Justiça, gravada em Pernambuco 'Há perspectiva de fazer uma outra porque foi um projeto que deu muito certo', diz José Luiz Villamarim
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 20/12/2017 12:31 Atualizado em: 20/12/2017 15:41 A minissérie Justiça, produzida pela Rede Globo, pode ganhar uma segunda temporada. A novidade foi revelada pelo diretor geral da obra, José Luiz Villamarim, em entrevista ao Viver. "Acho que vai ter um Justiça 2. [...] Há perspectiva de fazer uma outra porque foi um projeto que deu muito certo. É interessante, é um formato diferente. A gente sempre gostou do projeto, mas ele superou as expectativas. É bom quando um projeto acontece, no sentido de fazer um sucesso", disse.
Decadência
Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor
Assédio
Justiça estreia na Argentina - 10 de abril de 2018
Twitter
2020
Agosto
Diretor quer fazer segunda temporada da minissérie Justiça, gravada em Pernambuco 'Há perspectiva de fazer uma outra porque foi um projeto que deu muito certo', diz José Luiz Villamarim
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 20/12/2017 12:31 Atualizado em: 20/12/2017 15:41 A minissérie Justiça, produzida pela Rede Globo, pode ganhar uma segunda temporada. A novidade foi revelada pelo diretor geral da obra, José Luiz Villamarim, em entrevista ao Viver. "Acho que vai ter um Justiça 2. [...] Há perspectiva de fazer uma outra porque foi um projeto que deu muito certo. É interessante, é um formato diferente. A gente sempre gostou do projeto, mas ele superou as expectativas. É bom quando um projeto acontece, no sentido de fazer um sucesso", disse.
Ainda não se tem conhecimento, no entanto, se a nova temporada
seria uma continuação com os personagens já conhecidos pelo público ou
uma história totalmente nova, com novos papéis e enredos. A minissérie
gravada no Recife foi exibida na emissora no horário das 22h, entre 22
de agosto e 23 de setembro de 2016. Em um formato inovador, a produção
retratou tramas de diferentes personagens que se cruzaram de alguma
forma ao longo da história. Villamarim também adiantou que está
dirigindo uma nova novela das 21h da Globo - ainda sem título definido -
com texto de Manuela Dias, autora responsável por escrever Justiça. A previsão de estreia é em 2019.
Na
atração exibida em 2016, nomes globais de peso foram escalados, a
exemplo de Adriana Esteves, Débora Bloch, Marina Ruy Barbosa, Jesuíta
Barbosa, Cauã Reymond, Drica Moraes, Marjorie Estiano, Vladimir Brichta e
Leandra Leal. Além do sucesso de audiência - principalmente na capital
pernambucana -, a minissérie foi bastante aclamada pela crítica
especializada, inclusive no Emmy Internacional, premiação considerada o
"Oscar da TV". A obra foi indicada na categoria Melhor Série Dramática
(que ficou com Mammon II, da Noruega), enquanto Adriana Esteves
concorreu ao cobiçado troféu de Melhor Atriz.
Decadência
Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor
Assédio
Justiça estreia na Argentina - 10 de abril de 2018
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Março
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Outubro
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2018
Outubro
12
Abril
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Fevereiro
22
2017
Dezembro
9
Novembro
29
Emmy Awards 2017 - 20 de Novembro de 2017
TAG às 21h - #AdrianaEstevesNoEmmy
Adriana Esteves in Justiça (Above Justice)
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Emmy Awards 2017 - 20 de Novembro de 2017
TAG às 21h - #AdrianaEstevesNoEmmy
Fotos enviadas por
Alessandra Assunção - Maranhão (MA), Isabel Sousa Dias - Lisboa (Portugal), Maria Beatriz Bolina - Belo Horizonte (MG) e Yasmin Andrade - Goiânia (GO)
Alessandra Assunção - Maranhão (MA), Isabel Sousa Dias - Lisboa (Portugal), Maria Beatriz Bolina - Belo Horizonte (MG) e Yasmin Andrade - Goiânia (GO)
Adriana Esteves in Justiça (Above Justice)
Cerimônia do Emmy Internacional ocorrerá no dia 20 de novembro de 2017, em Nova York (EUA)
Indicados ao Emmy Internacional representam a Globo em Nova York
O autores de Totalmente Demais estão entre os indicados.
Adri com a apresentadora portuguesa Fátima Lopes - @fatimalopesoficial
Fotos enviadas por Isabel Sousa Dias - Lisboa (Portugal)
Isa me enviou também vídeos e mais fotos, mas não vai dá pra colocar tudo hj, continuarei amanhã. Quero também agradecer à Yasmin Andrade - Goiânia (GO) - pela ajuda de sempre com a administração do Ig do Nossa Estrela, em especial no dia de hoje!
'Alemão', 'Velho Chico' e 'Totalmente Demais' também estão na disputa.
O International Emmy Awards acontece no dia 20 de novembro, em Nova
York. Ao todo, são 44 indicados de 18 países. Conheça os concorrentes do
Brasil na premiação:
Série Dramática
Justiça (Brasil)
Mammon II (Noruega)
Moribito: Guardian of the Spirit (Japão)
Wanted (Austrália)
Mammon II (Noruega)
Moribito: Guardian of the Spirit (Japão)
Wanted (Austrália)
Melhor Atriz
Adriana Esteves, por Justiça (Brasil)
Anna Friel, por Marcella (Reino Unido)
Sonja Gerhardt, por Ku'damm 56 (Alemanha)
Thuso Mbedu, por Is'thunzi (África do Sul)
Anna Friel, por Marcella (Reino Unido)
Sonja Gerhardt, por Ku'damm 56 (Alemanha)
Thuso Mbedu, por Is'thunzi (África do Sul)
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Melhores do Ano 2016
Melhores do Ano 2016
Atriz de Série e Minissérie
Justiça estreia em Portugal no dia 18 de outubro de 2016
Me desculpe Adri e a todos que visitam o Blog por esse meu descuido!
Taís - Administradora e Presidente do FC Nossa Estrela Adriana Esteves
1 votação por CPF (votação até o dia 16/11)
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Chamada de Elenco
Justiça em Portugal - Estreia 18 de outubro de 2016
“Um dos maiores prazeres da minha vida”, diz Adriana Esteves sobre papel em “Justiça”
Nesta terça-feira (20), a Globo exibiu o
décimo oitavo episódio de “Justiça”, que marcou o desfecho de Fátima,
uma das protagonistas, interpretada por Adriana Esteves.
Em entrevista ao site “Ego”, a atriz
falou sobre sua personagem, uma das principais, senão a principal
“queridinha” do público na minissérie. “Ela era só amor. A minha Fátima,
ao contrário de outros personagens, não estava em busca de vingança.
Ela só queria achar os filhos e os ter bem perto”, disse.
A atriz, que estava marcada por
interpretar a vilã Carminha em “Avenida Brasil” (2012), conseguiu se
sobressair e mostrar versatilidade. Ela falou sobre a oportunidade de
conquistar o papel na trama de Manuela Dias. “Foi muito bom. Foi
realmente um grande sucesso e um dos maiores prazeres da minha vida essa
série”, afirmou.
Adriana Esteves brilha em Justiça e internautas ”esquecem” Carminha
Diversos fãs já consideram Fátima a
melhor atuação de Adriana na TV, superando até a incrível vilã Carminha,
de Avenida Brasil, que bombou na internet em 2012.
Adriana Esteves se despede de sua personagem em Justiça: “Eu amei esta mulher!”
A história de Fátima (Adriana Esteves), uma das protagonistas da minissérie Justiça, foi uma das que mais emocionou o público.
Vítima
de uma armação, ela ficou presa por sete anos, e quando foi solta, só
pensava em reunir a família novamente e proteger os filhos Mayara (Julia Dalavia) e Jesus (Tobias Carrieres).
Para
Adriana Esteves, a personagem foi uma das melhores de sua carreira: “Eu
amei esta mulher! Ela me deu muito prazer em interpretá-la”, disse ao
site oficial da minissérie.
A atriz também elogiou o projeto
idealizado pela autora Manuela Dias: “Foi incrível fazer parte de um
projeto tão bem criado e realizado. A elegância e o bom gosto vistos na
tela refletiam as lindas relações que tivemos, de toda a nossa equipe,
durante todo o processo”, disse.
Assim como na ficção, a artista contou que faz de tudo para proteger os filhos Felipe (fruto da relação com Marco Ricca), Vicente (do casamento com Vladimir Brichta) e a "filha de coração" Agnes, filha de Vladimir,: “Não meço esforços para protegê-los e ajudá-los a se prepararem para a vida”, completou.
A multifacetada Adriana Esteves é destaque na minissérie "Justiça”
Justiça – “Fátima reafirma minha cidadania”, diz Adriana Esteves
Adriana Esteves é Fátima em “Justiça”. Na série, a mãe de família tenta retomar a vida após passar sete anos na prisão
No episódio mais recente da saga de Fátima em “Justiça”, exibido na
última terça-feira (13), Firmino (Júlio Andrade) resumiu o sentimento
dos espectadores da série em relação à personagem. “Até seu crime é
bonito”, avaliou o cantor depois de ouvir o desabafo da sofrida mãe de
família sobre o tempo que passou na prisão. Com conduta irrepreensível,
Fátima é elogiada episódio a episódio, assim como sua intérprete,
Adriana Esteves, para quem os fãs já até pedem um Oscar.
“Fátima veio para reafirmar que eu amo profundamente esta minha
função. Recebi esta personagem como um presente, e procurei retribuí-lo
como tal”, diz Adriana em entrevista ao Popzone. Ainda
lembrada pela Carminha, de “Avenida Brasil”, vilã adorada na internet,
Adriana afirma ser difícil imaginar as duas em um mesmo universo.
“Carminha não seria capaz de dar nenhum conselho a Fátima. Elas são
feitas de matérias diferentes”, diz.
Interpretar Fátima, uma mulher que apesar das tragédias da vida
sempre busca tocar a vida de um modo correto, despertou uma reflexão em
Adriana. “Viver Fátima reafirma minha ética e cidadania”, diz. A atriz
também acredita que a repercussão da série é um mérito da autora Manuela
Dias e do diretor José Luiz Villamarim. “Acho que o grande sucesso de
‘Justiça’ se deve ao público ser convidado como espectador a entrar na
trama de diversos pontos de vista. É um trabalho nada impositivo. Ela o
tempo todo promove o debate”.
Dilson Silva / AgNews
Adriana Esteves: “Fátima é inspirada em mulheres reais que
conhecemos bastante em nosso país e que nos causam muita admiração pela
força e esperança”
Na opinião de Adriana, até mesmo as atitudes mais questionáveis de
Fátima, como matar o cachorro que mordeu o filho ou salvar o policial
Douglas (Enrique Diaz), homem responsável por sua prisão, são
defensáveis. “Fátima é uma mulher humana. Capaz de tudo quando colocada
em situações limite. Mas o que a move é um senso de justiça, ética e
amor ao próximo muito grande”, afirma.
Elogiada por críticos de TV e pelo público por sua atuação realista
na minissérie, Adriana conta que Fátima é inspirada em “mulheres reais
que conhecemos bastante em nosso país e que nos causam muita admiração
pela força e esperança”.
A saga de sofrimento de Fátima começa quando sua tranquilidade é
perturbada pela chegada de novos vizinhos. O cachorro de Douglas morde
seu filho, o pequeno Jesus (Tobias Carrieres), e Fátima dá um tiro no
animal. Para se vingar, Douglas planta uma lata de cocaína na casa de
Fátima e a denuncia para a polícia. Ela acaba presa por tráfico. Quando
volta para casa, os filhos estão desaparecidos e ela luta para
reconstruir a casa e a família. “A forma como eu busquei apresentá-la
foi representar da melhor forma possível o que penso sobre essas
diversas mulheres que sofrem a cada dia tanta injustiça e barbárie”, diz
Adriana.
A atriz diz que se emocionou muito com a cena em que Jesus volta para
a casa. Ela ainda afirma que apesar de todo o sofrimento, acredita na
possibilidade de um final feliz para a personagem. “Tenho esperança
sempre”, conclui.
Twitter
2017
Setembro
23
2016
Por
|
Fonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitterA multifacetada Adriana Esteves é destaque na minissérie "Justiça”
Por
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Fonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
Atualmente a atriz está
abrilhantando a minissérie das 23h, no papel de Fátima, uma faxineira
de origem humilde e de boa índole, porém injustiçadaFonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
A multifacetada Adriana Esteves é destaque na minissérie "Justiça”
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Fonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitterNotas me enviada por Lucas Jr Emiliano de Paula - Queimados (RJ)
De frente para a TV: As razões do sucesso de 'Justiça'
Faz muito tempo que não vejo uma produção da dramaturgia ser tão elogiada quanto “Justiça”. Não conheço uma só alma que tenha assistido à minissérie e não tenha gostado. E não é exagero. “Justiça”, realmente, é boa demais. As razões são muitas. A história criada por Manuela Dias (autora também do sucesso “Ligações Perigosas”) não é só interessante; ela faz o telespectador se colocar no lugar daqueles personagens. É impossível dizer se alguém está certo ou errado; é impossível dizer o que faríamos se estivéssemos vivendo naquelas situações. Esses questionamentos fazem as pessoas quererem saber mais e mais sobre o destino dos personagens. É como se precisássemos de uma comparação: “Eu faria dessa mesma maneira?”.
A matemática feita pela autora para interligar todos os personagens também é uma das razões da excelente aceitação da minissérie. A história de Maurício (Cauã Reymond), por exemplo, só foi ao ar na sexta-feira, mas ele apareceu em outros episódios, ora falando ao telefone, ora na empresa em que ele trabalha. No dia de sua trama, todo mundo entende as outras cenas em que ele apareceu. A direção de “Justiça” acertou muito na escalação do seu elenco e, mais!, em ter colocado atores fazendo papéis diferentes do que costumam fazer. Além de envelhecerem Cauã e darem a ele um tipo mais maduro e contido, Marina Ruy Barbosa surpreendeu aparecendo nua e em cenas de sexo, Adriana Esteves virou outra pessoa na pele de uma doméstica amargurada, Igor Angelkorte e Vladimir Brichta não lembram em nada seus personagens cômicos, e Leandra Leal está exalando sensualidade como Kellen. O texto, a direção e a atuação fazem de “Justiça” uma produção de gente decidida a fazer um trabalho diferente, ousado e inteligente. Há quem diga que as novelas estão com os dias contados. Se repensarem o jeito de fazer, talvez não.
Filho de Adriana Esteves em 'Justiça' foi escolhido em teste pela própria atriz
Tobias Carrieres tem 13 anos e faz sua estreia na televisão.
O elenco de "Justiça"
vem brilhando na minissérie da Globo e, entre os atores, uma nova
carinha tem se destacado. Tobias Carrieres, de 13 anos, chama a atenção
ao interpretar o menino Jesus, filho de Fátima (Adriana Esteves), a protagonista dos episódios das terças-feiras.
A boa parceria com Adriana - como na cena em que ela reencontrou o filho após sair da prisão (ele tinha virado um menino de rua e integrava
uma gangue de trombadinhas) - emocionou muita gente. O que alguns não
sabem é que, nos testes, foi a própria atriz quem deu a palavra final e
escolheu Tobias para o papel.
"Conheci a Adriana no dia do teste e nos demos bem de cara. A cena do
reencontro foi muito emocionante. Acho que ficou uma energia legal entre
a gente", comemora o ator mirim.
Estreando como ator, Tobias conta que não se assustou com nenhuma cena
ao gravar. Em uma das sequências já exibidas, seu personagem pegou o
dinheiro de comparsas da gangue de rua que estavam sob efeito de
entorpecentes. "Sempre fico entusiasmado para gravar mais e os diretores
ajudam muito", diz.
Contando com o apoio da família na carreira de ator, Tobias conta o que
fez com o primeiro salário que ganhou: "Comprei um boné e também um
quadro do meu avô, que é artista plástico". Menino família!
A multifacetada Adriana Esteves é destaque na minissérie "Justiça”
Por |
Atualmente a atriz está
abrilhantando a minissérie das 23h, no papel de Fátima, uma faxineira
de origem humilde e de boa índole, porém injustiçadaFonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
Atualmente a atriz está
abrilhantando a minissérie das 23h, no papel de Fátima, uma faxineira
de origem humilde e de boa índole, porém injustiçadaFonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
Fonte: Gente - iG @ http://gente.ig.com.br/2016-09-06/adriana-esteves-justica-carreira.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=twitter
Conversamos sobre igualdade de gênero na TV com as atrizes de 'Justiça'
Ainda não completou uma semana desde a estreia de Justiça, mas já se pode cravar: a nova minissérie da Globo é um sucesso. Críticos de TV e público estão em sintonia nos elogios feitos à atração - dentro e fora das redes sociais.
É possível elencar alguns motivos para a boa recepção da trama: elenco afiado, formato inovador para os padrões da TV aberta, a cidade de Recife como pano de fundo e o acabamento visual com requintes cinematográficos
No entanto, o ponto alto da minissérie de Manuela Dias talvez esteja em outro fator. Ou melhor, em dois outros fatores: sua proposta (discutir a noção justiça no âmbito particular) e os temas atuais que aborda (eutanásia, racismo, violência contra mulher, entre outros).
Ao HuffPost Brasil, a autora conta que a ideia da minissérie surgiu depois de um caso real vivido por ela. “O marido da moça que trabalhava na minha casa foi preso por ter matado um cachorro. E ela me pediu ajuda para resolver a situação. Aquilo mexeu comigo, e me inspirou a pensar na dimensão pessoal da justiça”, revela.
Essa dimensão pessoal, como o público tem visto na TV, passa longe das famigeradas cenas de tribunais, com sujeitos discutindo processos jurídicos e leis. Na trama, os personagens vivem dilemas morais bem próximos à realidade dos brasileiros. “A série quer discutir onde a justiça bate na vida das pessoas”, diz Manuela.
Adriana Esteves, Camila Márdila e Jéssica Ellen
são algumas das atrizes que dão vida a personagens viscerais, que lidam
com situações-limite. A autora assume que isso é fruto de seu fascínio
por personagens femininos. “A mulher tem essa força de sobrevivência. Se
o homem tem uma força de transcendência; de arriscar, talvez, a própria
vida, a mulher tem essa característica de ‘ter que sobreviver’ muito
forte”, teoriza.
Uma das situações-limite abordadas por Justiça é o racismo.
Na minissérie, a personagem Rose (Jéssica Ellen), filha de uma
empregada acaba presa por sete anos por porte de drogas em uma situação
claramente racista.
Para a atriz, tratar sobre racismo na mídia
aberta não é uma questão delicada. Pelo contrário, para trata-se de um
assunto urgente a ser discutido. “A gente vive num país que foi um dos
últimos a abolir a escravidão. O Brasil é um país racista, a gente vive
isso e fingir que não, é “caôzinho’”, diz.
Em Justiça, a
personagem de Jéssica também lidará com outra situação limite: o abuso
sexual, sofrido por grande amiga. A atriz acredita que discutir esse
tipo de assunto na TV aberta é bom para as próprias mulheres. “A gente
precisa de mulheres empoderadas. Elas estão aí, a questão é que ainda
não se reconhecem. Elas precisam se ver na televisão, porque a TV ainda é
o veículo que mais alcança pessoas no Brasil”, explica.
Leia mais em - http://www.brasilpost.com.br/2016/08/24/igualdade-genero-justica_n_11685672.html?ncid=tweetlnkbrhpmg00000002
Quem também enxerga como fundamental a participação da TV na discussão de questões ligadas ao empoderamento feminino
é Camila Márdila, que faz sua estreia na Globo na pele de Regina. “A TV
ainda tem um papel enorme pela frente de cuidar dessa questão da
representação da mulher, de como a ela se coloca na sociedade. Existem
alguns clichês que já não podem mais ser repetidos na televisão”,
afirma.
Justiça é estruturada da seguinte maneira: vai ao ar às
segundas, terças, quintas e sextas, e a cada dia uma trama diferente é
destacada. Às segundas, vai ao ar a história de Elisa (Debora Bloch),
que viu a filha (Marina Ruy Barbosa) ser assassinada pelo noivo
ciumento, Vicente (Jesuíta Barbosa), e se preparou para executar um
plano de vingança no dia em que ele deixasse a prisão. Às terças, a
doméstica Fátima é quem vai comandar a ação. Nos outros dias, entram a
estudante negra Rose (Jéssica Ellen), que é presa com drogas em uma
festa às vésperas de realizar o sonho de ir para a faculdade, e o
contador Maurício (Cauã Reymond), que vai para a cadeia por cometer
eutanásia a pedido da namorada, Beatriz (Marjorie Estiano), que fica
tetraplégica depois de um atropelamento.
Em comum, todas as histórias têm um personagem principal que passou
sete anos na prisão, entre 2009 e 2016, e agora precisa refazer a vida.
Nesta primeira semana, o texto de Manuela Dias é dedicado a apresentar
os personagens e os crimes que os levaram à detenção. E haja drama: a
série parece um dos filmes da fase mais deprê de Alejandro G. Iñárritu —
aquela de filmes como Babel, em que uma desgraça leva a outra,
que leva a outra, que leva a outra. Isso os internautas também
perceberam: não faltam memes sobre a choradeira que Justiça provoca. Já dá para fechar o patrocínio de uma marca de lenços descartáveis.
Acima de tudo, Justiça está levando o público a pensar com uma trama densa. Em entrevista ao UOL, Manuela disse esse é o objetivo de seu trabalho. "Acredito que é sim fundamental, para evoluirmos como sociedade, ampliar discussões éticas sem os extremismos que imperam hoje, sobretudo nas redes sociais", afirmou ela. Eutanásia, porte de armas, ciberbullying, sistema prisional, redução da maioridade pena, prostituição e poder da polícia... Todos esses temas estão sendo levantados e mostram que entretenimento não precisa ser apenas para divertir.
Crítica
"Justiça": Adriana Esteves é destaque na minissérie que está conquistando o público
Atriz vive doméstica que passou sete anos presa injustamente
Há que se fazer justiça com Justiça. A minissérie de Manuela Dias tem tudo para ser a grande produção do ano na TV brasileira. Além de ser ousada no roteiro, que apresenta quatro histórias que se entrelaçam, e de levantar o debate sobre questões éticas importantes, a produção conta com a espetacular interpretação de Adriana Esteves. Como a doméstica Fátima, a atriz volta a encantar o público tal qual Carminha, de Avenida Brasil. Como não se emocionar quando a personagem, que passou sete anos presa injustamente, reencontrou o filho, agora morador de rua?
Adriana é o grande destaque em um elenco com grandes atuações — como Jesuíta Barbosa, Debora Bloch, Enrique Diaz, Leandra Leal, Vladimir Brichta, Cauã Reymond, Jéssica Ellen e Luisa Arraes — e em uma produção que apresenta forma e conteúdo pouco vistos na TV brasileira, em especial nos canais abertos. Essa amarração entre as histórias, o realismo de fotografia e caracterização, tudo está sendo muito bem conduzido pelo diretor José Luiz Villamarim.Acima de tudo, Justiça está levando o público a pensar com uma trama densa. Em entrevista ao UOL, Manuela disse esse é o objetivo de seu trabalho. "Acredito que é sim fundamental, para evoluirmos como sociedade, ampliar discussões éticas sem os extremismos que imperam hoje, sobretudo nas redes sociais", afirmou ela. Eutanásia, porte de armas, ciberbullying, sistema prisional, redução da maioridade pena, prostituição e poder da polícia... Todos esses temas estão sendo levantados e mostram que entretenimento não precisa ser apenas para divertir.