Adriana Esteves

Adriana Esteves
Nossa Estrela

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Entrevistas: Adriana Esteves - Real Beleza (agosto de 2015)

Entrevistas de Adriana sobre Real Beleza
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Adriana Esteves fala sobre repercussão de sua nudez em filme: ‘As pessoas estão muito caretas’


Após quase dez anos de união, com uma vida de filhos, trabalhos e amores compartilhada, Adriana Esteves e Vladimir Brichta fazem seu primeiro filme juntos. Em “Real Beleza”, o casal verdadeiro se entrega a uma arrebatadora paixão de ficção. Pontas distintas que se entrelaçam sem se devorar.
A intimidade poderia atrapalhar se não entendêssemos o nosso limite. Até no casamento, a gente conserva certas individualidades. Entender isso no trabalho é importante. Tenho muito pudor de interferir na criação do outro, e não fiz isso com Adriana. A gente guardava o frescor para a cena — explica Vladimir.
O longa de Jorge Furtado é repleto dessas intersecções. Adriana, no entanto, sente dificuldade de verbalizar as conexões com Anita, a mulher madura e casada que se envolve com o fotógrafo vivido por Brichta, de 39 anos.
Não sei como eu a interpretei. É como eu a via. Ela brotou ali em mim — vagueia a atriz de 45 anos que, pela primeira vez no cinema, aparece toda nua: — A repercussão do nu mostra que as coisas estão muito caretas. A nudez, de repente, é um tabu. Quem vê o filme sabe que isso é um detalhe, que gosto muito, aliás. Aquela mulher se desnuda da mesma forma que chora. Ela está se abrindo. É metafórico tirar a roupa.

No filme, essa mesma mulher se debate: ficar em casa com o marido mais velho e deficiente visual — papel defendido por Francisco Cuoco — ou se render ao novo. Casado com Thaís Almeida, quase 53 anos mais jovem, o veterano ator conhece os desdobramentos do amor que se mantém à revelia do tempo.
Penso muito sobre envelhecer. Ou você lida com isso da melhor maneira possível ou morre. Por enquanto, prefiro ficar todo dia mais velho. A gente sabe que tem um repúdio da sociedade. É inevitável, mas não modifica nada. O que as pessoas falam não é mentira: existe mesmo uma diferença enorme de idade. Então, é natural que digam. A nossa aceitação é que faz a diferença — afirma Cuoco, de 81 anos, que pretende trabalhar ao lado da mulher no teatro.
Outra fagulha de coincidência recai sobre a estreante Vitória Strada, de 18 anos. Cabe a ela personificar a beleza que extrapola a superfície, algo perseguido pelo fotógrafo na história. A estampa com conteúdo faz a jovem ter uma chance única como modelo, carreira que Vitória exerce desde os 12. Não demorou muito para que ela, ainda longe do sonho de ser atriz, se deparasse com o termo “book rosa”, popularizado pela novela “Verdades secretas”.
Lembro de um comentário aos 13 anos e de ter achado engraçado. Pensei: “Mas o meu é cinza”. Não foi comigo, eu era muito nova. E os meus pais sempre me protegeram desse tipo de coisa. Toda profissão tem um lado ruim, mas o mais fácil não é o melhor. Sempre consegui as coisas pelo meu mérito, por isso fiquei tão feliz de estar nesse filme — ressalta Vitória, estudante de Teatro na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que disputou o papel com 350 garotas.

Adriana Esteves conta que ela sugeriu cena de nudez em filme


Atriz contracena com o marido, Vladimir Brichta, no longa 'Real Beleza'

Flavia Muniz
Rio - ‘Toda nudez será castigada”, já dizia Nelson Rodrigues. No caso de Anita, personagem de Adriana Esteves no longa ‘Real Beleza’, não. Na história de Jorge Furtado, que chega aos cinemas amanhã, ela não só se despe de vaidade e aparece de cara lavada como protagoniza seu primeiro nu frontal nas telonas.
No papel de uma dona de casa humilde e culta, mãe da aspirante à modelo Maria (Vitória Strada) e casada com Pedro (Francisco Cuoco), 40 anos mais velho do que ela, desperta paixão no fotógrafo João, vivido por Vladimir Brichta, seu marido na vida real. Foi Adriana quem sugeriu ficar sem roupa na frente das câmeras, na cena em que os personagens se amam num lago. “Ela está ali na idade dela, do jeito dela. Fiquei muito feliz com esse filme porque as pessoas ficam nuas, verdadeiras. É a beleza da sinceridade. É lindo ver a pessoa como ela é. Eu sou isso aqui, sou só isso ou tudo isso”, frisa Adriana.
Vladimir deu o aval e também apostou na delicadeza do take. “A Adriana falou que estava disponível e eu disse o mesmo, que o Jorge podia contar comigo. Anita é essa pessoa livre, que mexe na horta e toma banho nua. Tem algo de muito libertador na condução dela”, analisa Brichta. Contracenar com o marido é algo que a atriz “perseguiria” até se não fossem casados: “Nossa relação é dentro de casa. Vlad é um ator que eu adoro, incrível. Um convite para trabalhar com ele é inegável.
Para o cineasta, um dos desafios foi vencer a própria timidez para lidar com a intimidade dos dois em cena. “Eles estavam mais à vontade do que eu, queriam mais, e eu dizia: ‘Chega’. Já tinha o suficiente. Eles estavam empolgados (risos). É um momento muito bonito em que a Anita seduz o João e se revela. Ela tem maturidade, sabedoria, é uma outra forma de beleza. O cinema se tornou tão moralista, fala-se tanto em traição, em corno, mas existem outros tipos de relações que não são baseadas em mentiras”, avalia Furtado.
Se hoje esse tipo de cena não é um problema para a atriz, nem sempre foi assim: “Fiz um espetáculo chamado ‘Only You’ (2002), com o Gracindo Jr., em que eu tinha que ficar nua pela primeira vez no teatro, ao vivo, todas as noites. Foi muito difícil. Minha maior preocupação era com meu pai e minha mãe, nem tanto com o marido, na época eu era casada com o Marco Ricca, ator também. Depois que passei por aquilo, fui entendendo cada dia mais a minha profissão.

 Aos 45 anos, a artista está inteira a serviço de sua arte e satisfeita com o que vê no espelho. “Gosto de mim, do meu jeito, vou vivendo. Fico feliz de pensar que não foquei minha vida numa visão estética, nem fui criada com pessoas que valorizassem isso ao extremo. Meu marido também não, nem é assim que eu crio meus filhos. Não existe esse culto à estética, mas, para quem gosta, OK. Sou tolerante a entender o próximo, da mesma forma que eu adoro que me entendam.”


Anita é o oposto da ardilosa e vingativa Inês de Babilônia’. Mas sobre a trama, Adriana prefere abster-se das polêmicas e críticas. “Novela é interativa há muitos anos. Isso faz parte da cultura brasileira. Quando não tinha internet, o público mandava cartas para a Globo para pedir que o mocinho ficasse com a mocinha. São tantas novelas no ar e todas são criticadas de alguma forma”, pondera a atriz, que acrescenta: “‘Babilônia’ é uma das novelas que mais gostei de fazer, com pessoas incríveis, lindamente dirigida por um cara que transforma o set numa festa, que é o Dennis Carvalho. Foi uma honra fazer minha primeira trama de Gilberto Braga, e com a Gloria Pires, que é uma excelente atriz. Foi um barato a gente formar uma dupla, foi riquíssimo. Como novela é uma obra muito grande, eu não costumo fazer análises no início nem no meio, mas agora, que está no final, eu posso dizer que foi incrível e vai ser até o último dia em que eu estiver ali, trabalhando.”

Estadão 

(não estou conseguindo por matéria do Estadão aqui, somente o link acima)

Uma das atrizes mais queridas do país, ela diz que mudança em novela é normal e pede cuidado com agressividade na web

 por

— É impressionante como ela mergulha no papel e pergunta a razão de tudo. Por que esse copo está aqui, por que ela o pega? Eu estava precisando dessa seriedade. Jorge Furtado - diretor sobre interpretação de Adriana.



— Quando o Jorge me convidou e disse que seria para dali a pelo menos um ano, achei perfeito. Daria tempo de tirar férias e depois fazer cinema, uma coisa que eu queria muito, além de trabalhar com ele e com o Vlad. Eu estava fisicamente exausta. Havia emendado alguns trabalhos em três anos seguidos. E, em “Avenida Brasil”, eu trabalhei muito, dormia poucas horas por dia. Não era só cansaço físico, estava difícil pensar em criar alguma coisa. 

O cinema seria, então, um alívio para o ritmo frenético das novelas. Terminado o período sabático, no fim de 2013, a atriz emendou duas filmagens: de “Real Beleza”, em que interpreta Anita, e “Mundo Cão”, novo longa de Marcos Jorge (de “Estômago”), com previsão de estreia no fim do ano, no qual vive Dilza, mulher de um laçador da carrocinha. Além de ter atuado na minissérie “Felizes para Sempre?”, que foi ar no início deste ano, com texto de Euclydes Marinho e direção geral de Fernando Meirelles.


— Foram praticamente três filmes, porque o esquema da minissérie foi quase cinema. Todo feito em locação, em São Paulo e Brasília. Minissérie pequenininha, em oito capítulos...


“PARECIA QUE A GENTE ESTAVA NO GELO”


‘Não tenho mais problema com cena de nudez. É uma entrega igual, apresentando emoção, o que tem de mais dramático em alguns trabalhos’ Adriana Esteves sobre cena de nudez no filme

 
A Anita de “Real beleza”, no entanto, guardava desafios. Entre eles, contracenar com o marido numa situação em que os personagens se descobrem. Para manter a surpresa, cada um estudava o roteiro separadamente e repassava as falas sozinho. Furtado não interferiu. — O Jorge apresentou o roteiro e nos convidou para ir ao Rio Grande do Sul fazer leituras. Ouviu o que a gente achava na nossa experiência de contar uma história, de contar um draminha. Ele foi ouvindo e acrescentando coisas, tanto na hora de ler quanto na de filmar.


Outro grande desafio foi a cena em que Adriana protagoniza o nu frontal, sem qualquer recurso para encobrir, mesmo que parcialmente, o corpo. Sem nunca ter posado nua para revistas masculinas, ela conta que hoje, aos 45 anos, acha a nudez até necessária em algumas situações dramáticas. Na cena, ela e Brichta estão em um lago, no que seria um dia de verão, quando...

Eu queria até mais, embarquei mesmo — conta Adriana. — Não tenho mais problema com cena de nudez. É uma entrega igual, apresentando emoção, o que tem de mais dramático em alguns trabalhos. Tivemos um probleminha porque aquele dia foi o dia mais frio da filmagem, e não poderíamos repetir a diária em razão de um equipamento que só poderíamos usar uma vez. Muito elegante que o Jorge é, porque parecia que a gente estava entrando no gelo, ele quis nos preservar. Se aquela cena tivesse sido filmada numa temperatura mais agradável, num outro dia, talvez eu pudesse propor voos ou nados maiores. Mas não deu.

Em dezembro, ela volta aos cinemas em “Mundo Cão”, na pele da mulher de um funcionário do Departamento de Combate às Zoonoses (Babu Santana), que recolhe cachorros abandonados e tem sua vida revirada por causa de um mal-entendido com o dono de um desses cães, vivido por Lázaro Ramos.
Entre um filme e outro, Adriana segue no ar como a vilã Inês, da novela “Babilônia”. E minimiza as dificuldades impostas pela rejeição de parte do público e pelas mudanças de rumo que o folhetim sofreu desde que estreou, no início do ano. Atriz há quase 26 anos (embora tenha feito uma ponta em “Vale tudo”, de 1988, seu primeiro papel para valer foi na novela “Top model”, em 1989), ela diz que mudanças são normais em novelas e que nem sempre se pode esperar um sucesso avassalador delas. O momento pelo qual o país está passando, incluindo aí o papel das redes sociais, contribui, segundo ela, para que fique mais fácil fazer correções de rota.

— O que está acontecendo hoje é a constatação da delícia que é amadurecer — afirma. — É preciso usar essa sabedoria e estar aberto para o novo, preparado para o fato de que nem tudo pode dar tão certo. Artisticamente, a novela poderia até ter dado. Mas aí veio um momento do país em que as pessoas estão diferentes também. E está todo mundo dando opinião. Não acho que essas opiniões sejam necessariamente ruins, uma novela é uma obra aberta. Não é surpresa para a gente, que faz novela há tantos anos, saber que ela pode mudar. Que pode não agradar tanto e ser transformada.

“É RUIM LEVAR (OPINIÃO) A FERRO E FOGO"
Adriana menciona a invasão dos seriados e sua influência também nas novelas, mas acha que os folhetins não sairão de cena tão cedo:



— “Avenida Brasil” veio para ser uma surpresa. Algumas novelas não estavam dando tão certo, mas ela foi um sucesso maior do que “Escrava Isaura”... Foi vendida para 130 países, e em todos, alguns de culturas muito diferentes da nossa, foi um sucesso. Acho que falta muito tempo para o fim das novelas.

Sobre a explosão de comentários nas redes sociais, Adriana pondera:
— Dar muita opinião é bom. O ruim é levar isso a ferro e fogo. É preciso ter cuidado com esse tipo de opinião. Algumas se transformam em ações castradoras, grosseiras e deselegantes. E é claro que isso não me agrada, não acho nada bom.


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