Adriana Esteves

Adriana Esteves
Nossa Estrela

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Mulheres Extraordinárias: Xico Sá - 11 de agosto de 2014


                                     



Além, muito além de Carminha e da moral brasileira...



Desejo nunca me faltou pela Adriana  Esteves, mas por Carminha, meu são marques de sade, era uma loucura. Deitava na cama e esperava a novela. Vem, safada, vem, maldita, vem, endemoniada, vem, cadela, vem.



Não havia como não entrar no jogo das mil e uma perversões da vilã. Em vez da repulsa óbvia pela malvada personagem, o tesão as vezes difuso, as vezes explícito.



Vai demorar para que plebeus e nobres esqueçam a Carmina, adorável vilã da novela Avenida Brasil (2012).



Não esqueci sequer a Tininha, tesão de Top Model (1989,1990....



Alias, não da pra esquecer nada do que essa mulher participe, nem bingo de quermesse, fala sério.



E do episodio a Vingativa do Meier, da serie As Cariocas 2010? Alguém se lembra? Recordo até da pequena participação que ela fez, como modelo, na bagaceira ética de Vale Tudo, o drama que definia o Brasil da transição gradual da ditadura para uma possível democracia em câmera lenta..



De lá pra cá, ela é minha flor de obsessão televisiva, como diria o tio Nelson Rodrigues, Carminha Forever.



É possível ler o Brasil contemporâneo com quatro, cinco, papeis de novelas, e o drama de João Emanuel Carneiro talvez seja a maior obra televisiva de todos os tempos.



Mas chega de viagem teórica. Eu quero é Carminha de novo.



Rara a atriz a prova de controle remoto, apareceu na tela, eu grudo, mesmo quando não acompanho a trama, drama, narrativa... se lá estão os olhos Adriana a nos contar minúcias sobre as maiores coisas da vida? Balzac, lá do século XIX, quando a novela era só no folhetim ou no livro.



Tim tim por tim tim, Adriana faz e leva a cena inteira dentro das retinas, como se fosse a própria TV dentro de casa. O meio é a mensagem.



Vem, Adriana, digo, vem Carminha, perversa, desgraça da existência, cão do sétimo livro, febre do rato, miséria humana, desventura, desassossego do tejo e da Bahia de Guanabara, vem deixar marcado em meu pobre esqueleto a marca diabólica da maldade, vem.....



Xico Sá pra nossa Adriana Esteves no livro

Texto me passado por Thiago Carvalho - Pinhais (PR)

Nenhum comentário:

Postar um comentário