Adriana Esteves

Adriana Esteves
Nossa Estrela

quinta-feira, 17 de março de 2011

Indiana Jones de Saias!!

Adriana Esteves está de volta às novelas da Rede Globo, depois de 5 anos, numa personagem para lá de inusitada em Morde & Assopra.









Na vida real, ela não gosta de nada que a ponha em risco - nem se quer andar de avião. Saltar de grandes alturas, encarar cobra, cair em crateras, então...Claro, nunca pensou em passar nem de perto de nada disso. Mas como o mundo dá voltas...Aos 41 anos, Adriana Esteves está sendo obrigada a encarar muita correria e situações de arrepiar. Tudo por causa de Júlia, sua personagem em Morde & Assopra, que se mete nas mais loucas aventuras para encontrar fósseis de dinossauros. "No final do dia estou bem cansada, mas é divertido", comenta a atriz, que, por causa da personagem, encarou cerca de 24h de avião para gravar suas primeiras cenas no Japão. Valeu a pena - até porque o maridão, o ator Vladimir Brichta, a acompanhou. "Foi a melhor viagem da minha vida", conta Adriana, esperando ver a reação do filhos Felipe (do casamento com o ator Marco Ricca), 11 anos, e Vicente, 4 anos, quando a virem em cena caçando dinossauros.


Nunca fui de ver filmes de ação, mas agora não só tenho gostado desses filmes como estou adorando fazer. Fico cansada, mas é divertido


Como você definiria esse novo trabalho?
Júlia é uma paleontóloga, meio uma caçadora de dinossauros mas, na verdade, a gente está fazendo uma comédia romântica que se assemelha muito a um filme de ação. É uma novela de ação.


E como se perparou para isso?
Tenho visto muito filme de ação e estou tendo de ter um preparo físico...Acho que nunca corri tanto como nessa novela. E a gente está trabalhando no verão, muito quente... E eu não era uma pessoa de assistir filmes de ação. Sabe aquele negócio de  marido e filho que pede pra ver? Eu não via Agora estou perguntando tudo. E não só estou gostando de assistir a esse tipo de filme como estou adorando fazer. No final do dia,  fico bem cansada, mas é divertido. 


E seus filhos devem estar amando ver a mãe nesse tipo de produção, não é?
Ah, eles estão lindos, me ajudam a estudar... O meu pequenininho é completamente apaixonado por dinossauros, sabe o nome de todos, tem vários livros... Acho que eles vão achar ainda mais legal quando a novela estiver no ar. Agora, eles só sabem que saio de casa e volto exausta, que fui caçar dinossauros e voltei. (risos)


Como se preparou fisicamente para tanta ação?
Olha, se tivesse mais tempo, estaria fazendo minhas caminhadinas, minhas corridas diárias e musculação... Mas não estou tento muito tempo para nada disso. Confesso que, desde que a gente foi pro Japão, em final de novembro, estou trabalhando quase todo dia num ritmo alucinante.


Você tem dublê? 
Tenho, uma dublê ótima, a Roberta. E acho ótimo que exista a profissão dela. Não gosto nada de correr perigo, de saltar de lugar alto, não gosto de uma cobra subir pela minha perna.


Alias, já aconteceu alguma coisa de inusitado no meio do caminhas dessas novas gravações?
Tem tido tanta coisa acontecendo o tempo inteiro... A gente está trabalhando num lugar muito difícil, numa pedreira. É bem complicado... E estávamos fazendo um sequência com uma cobra e, depois de 3, 4 horas, ela morreu. De calor. Você acredita num negócio desses? Foi horrível.


Você já declarou que tinha fobia de avião. Como foi viajar para tão longe? Deve ter sido muito difícil...
Aí, eu falei isso... Mas não quero mais tocar nesse assunto para ver se isso some da minha vida de uma vez por todas. De uns anos pra cá, o avião...passou a ser bem incômodo. Tudo que queria quando novinha era uma viagem de avião. As coisas se transformaram um pouco nos últimos tempos e espero que mudem de novo e eu pare com isso, porque a coisa que mais gosto de fazer na vida é viajar.


E como foi a experiência no Japão?
Eu não conhecia, tinha vontade de ir, mas nunca imaginei que teria essa chance, ainda mais trabalahando... Eu fiquei muito orgulhosa de, com o meu ofício, que faço há 22 anos, conhecer aquele lugar sensacional. Foi a melhor viagem da minha vida.


O que você mais curtiu na viagem?
Fiquei muito impressionada com a educação e o carinho do povo. Eles não se tocam, mas são bem carinhosos, talvez até mais do que se tocassem. E são muito respeitosos com o próximo. A população é numerosa e as pessoas não se esbarram na rua. Mas, quando isso acontece, ninguém sabe quem vai ser o primeiro a pedir desculpas. É muito interessante.


Ou seja, nada mal para quem está voltando às novelas...
É... Depois de 5 anos.


E como tem sido esse retorno?
Eu estava com saudades... Em novela, trabalhamos demais durante 8 meses, é aquela loucura toda, mas tem um lado muito bom: a gente vira uma grande família, se encontra todo dia, um grupo de 200 pessoas, contando com toda a equipe técnica, que torce muito um pelo outro. Então, durante todo esse tempo, eu me sinto protegida por aquele time querido. A minha proteção é a novela.


Minha novela



Quando você era criança, tinha algum fascínio pelo universo dos dinossauros?
Não. Nunca nem pensei nisso, na verdade. Quem é apaixonado por dinossauro é o meu filho caçula, o Vicente. Estou muito feliz com o clipe da novela. Achei sensacional. Achei demais a questão dos dinossauros. Gostaria que o autor escrevesse bastante coisa sobre essas criaturas porque eu achei um barato essa história toda. Fiquei imaginando o meu pequeno vendo isso tudo. Ele vai pirar. Acho que ele não vai querer comer, não vai querer ir para a escola, só vai querer ficar assistindo a esta novela para ver os dinossauros (risos).
Você costuma trazer seus filhos ao Projac para assistir às gravações?
Eventualmente eles vêm. Para saber onde a mãe está trabalhando, mas nunca ficaram o tempo todo para a gravação, porque eles têm as atividades deles, os descansos e os estudos. Mas com esta novela talvez o Vicente vá querer vir aqui ver.


Você precisou fazer muitas mudanças no visual para interpretar a Júlia?
Eu diminuí o meu peso e hoje estou com 50 kg, um corpo que eu nunca tive na vida. Foi uma decisão minha. Como de três em três horas, bebo bastante água, não como fritura, nem gordura e me alimento bem. Eu vou à academia e faço musculação quando dá tempo, porque tenho trabalhado muito, e faço caminhada. Uso creme no rosto quando eu acordo e antes de dormir. Uso creme no corpo todo também. Eu vivia na praia, mas ficando mais velha eu fui vendo a necessidade de cuidar mais da minha pele e dar uma evitada no sol. E uso muito filtro solar embaixo da maquiagem, fator 70. Não pego mais sol nenhum no rosto. E o meu cabelo eu cortei. Ele está voltando a ficar lisinho, porque no ano passado eu fiz um permanente para interpretar a Dalva de Oliveira, na minissérie, e agora estou cortando para os cachos saírem.


E você gosta do seu cabelo mais loiro assim?
Sim. Gosto. Minha avó é que diz para mim que nós nascemos para ser loiras. E quando eu faço algum personagem com cabelo escuro ela não gosta. Ela é a Elisa de Oliveira Esteves, que tem 90 anos, é a grande matriarca da minha família e é loiríssima.

Como é trabalhar novamente com o Marcos Pasquim? E com o Paulinho Vilhena?

É um barato. Ele é meu amigo na vida pessoal, então a gente se encontra muito. Eu adoro trabalhar com ele. O par romântico inicial é formado por mim e pelo Pasquim, mas o personagem do Paulinho Vilhena, que é o assistente dela, nutre uma paixão pela Júlia sem ela saber. Ele tem uma paixão platônica por ela. Ele está fazendo muito bem a novela e acho que aí também pode surgir uma outra história legal.

E com a Bárbara Paz?
A Bárbara Paz é outra parceira. A gente se conheceu em As Cariocas e agora estamos juntas de parceira na novela.

E como é voltar a trabalhar com o Walcyr Carrasco?
É espetacular. Ele me traz a lembrança daquele grande personagem que ele me deu, que foi a Catarina, de O Cravo e a Rosa. Agora mais uma vez ele me dá a honra de me dar uma heroína dele. Estou muito honrada.  As duas personagens são muito diferentes, o que mostra que as histórias de amor podem ser parecidas, mas nunca são iguais.

Nos primeiros capítulos da novela, a Júlia tem um noivo, o John, interpretado por Michel Bercovitch. Onde ele fica nessa história toda?

Ele é o noivo dela mesmo, só que tem uma surpresa aí no meio. Parece que o caráter dele não é muito bom. Ela também não tinha muito amor por ele. Era sempre muito racional neste relacionamento. A primeira vez que ela encontra o amor é com o Abner, personagem do Pasquim. Acho que o noivo vai dançar.

Foi paixão à primeira vista entre a Júlia e o Abner, certo? Você já vivenciou alguma coisa parecida?
Já! O primeiro dia que vi o meu marido, o Vladmir Brichta, eu falei para mim mesma. “Onde ele estava que eu não conhecia? Meu Deus, onde ele estava...”(risos).



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