Taís
O sucesso inquestionável da novela Avenida Brasil rendeu uma cobiçada matéria de capa na revista Veja desta semana. A publicação reconhece o mérito da trama de João Emanuel Carneiro e revela dados de pesquisas que apontam que oito em cada dez televisores do Brasil passam a semana sintonizados no eterno duelo travado entre as personagens Carminha (Adriana Esteves) e Nina/Rita (Debora Falabella).
Além de analisar profundamente o fenômeno Avenida Brasil e as emoções que o folhetim vem despertando no telespectador, a reportagem adianta alguns desfechos da trama. Nina vai mostrar que realmente não tem limites em sua sede de vingança. Ela vai bolar um novo plano maquiavélico, fazendo Carminha flagrá-la na cama com Max (Marcello Novaes). Desnorteada, ela perderá de vez o controle e vai acabar internada em uma clinica de repouso.
“Quando ela não aguentar mais ser tripudiada pela outra, vai pedir para sair de casa”, adianta o autor para a publicação.
E revista confirma que os dias de maldade de Nina não serão eternos e Carminha conseguirá promover uma reviravolta na trama. O plano de vingança da mocinha vai por água abaixo e a vilã conseguirá virar o jogo novamente. João Emanuel Carneiro adiantou ainda que Nina irá para a cadeia, acusada injustamente de ter tramado o sequestro de Carminha (do que ela é inocente) e ter roubado o dinheiro do resgate (crime realmente cometido por ela).
Avenida Brasil só termina em outubro e novas emoções estão por vir. Max será assassinado e muitos serão os suspeitos, inclusive Nina.
As maldades de Carminha também andam tirando o sono da atriz Adriana Esteves, 42 anos. Em entrevista à Veja, ela conta que não deixa Vicente, seu filho mais novo que tem 5 anos, ver a novela. “As vezes tenho pesadelos com umas coisinhas de perseguição, com vilanias. Acho que é influência da Carminha”, revela.
Vivendo seu melhor momento na televisão, Adriana Esteves dá sua opinião sobre o destino da vilã: “Acho que ela já vem sendo punida. Não é possível que essa moça seja feliz. Uma pessoa que aprontou tudo aquilo não consegue dormir em paz. A melhor vingança é deixa-la carregar esse peso pela vida inteira”, afirma.
O Fuxico
Reportagem
Vingança - A Emoção Primordial
Com o seu enredo de retaliações desmedidas, Avenida Brasil faz o que só as grandes novelas do passado faziam: hipnotiza e, sobretudo, inquieta os espectadores de todo o pais.
Adriana Esteves e Débora Falabella se preparavam pra gravar a 1ª cena da virada que se operou na novela Avenida Brasil nas duas últimas semanas. Ao lado da diretora Amora Mautner, as interpretes da vilã Carminha e da cozinheira Nina debatiam que tom deveria imprimir às suas respectivas personagens agora que começava a se consumar o plano de vingança da mocinha. A atmosfera era de ansiedade a beira da piscina da mansão do ex-jogador Tufão (Murilo Benício), item mais vistoso da cidade cenográfica que reproduz o fictício subúrbio do Divino, da Central de Produção da Rede Globo, no Rio de Janeiro, o Projac. De repente, uma abelha teimosa começou a rodear Adriana, até pousar em seus cabelos. A atriz saiu correndo aos berros. "Carminha, com medo de abelhinha? Fala sério", tripudiou a diretora.
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Entrevista com a Adriana Esteves
"Todos temos um pouco de Carminha"
Aos 42 anos, Adriana Esteves caiu na boca do povo como a vilã barraqueira de Avenida Brasil. Nesta entrevista, ela fala sobre a difícil arte mãe e vilã - e sobre vingança.
- Carminha é a maior personagem da sua carreira?
Aí, lindo, procuro não comparar. Não sei se é porque sou muito intensa, mas todos os trabalhos acabam sendo arrebatadores. É uma entrega total. Inclusive, pago um preço emocional alto por isso. Mas a Carminha realmente está tomando conta desde ano da minha vida.
- Como é a criação de uma vilã?
É um artesanato enorme. Quando o João Emanuel Carneiro me convidou para o papel, ele disse: "Você está preparada para mexer com coisas que talvez não sejam tão fáceis de lidar dentro de você?" Eu falei, "Estou" . Preciso ter verdade em tudo o que eu faço. Até se a personagem tiver que fazer falsidade, tem de ser verdadeiramente falsa.
- Que tipo de vilã é a Carminha?
É uma personagem muita rica porque não é só vilã: ela é uma mulher, uma pessoa, uma sobrevivente. Ela poderia ser qualquer um. Todos nós temos um pouco de Carminha. Eu já esbarrei em muitas Carminhas na vida, algumas bem próximas do meu convívio.
- Ser Carminha dá trabalho?
Total. Daqui a pouco, vou me jogar em mais uma batalhona de dez horas de gravação. Quase não vejo os amigos. Tenho que evitar minha cervejinha e meu vinho que eu amo demais. E durmo pouco. As vezes, tenho pesadelos com umas coisinhas de perseguição com vilanias. Acho que é influência da Carminha.
- Adriana Esteves é barraqueira e estridente como a Carminha?
Nada a ver. Sou bem mais discreta. Falo tão baixo que as pessoas tem de ficar de ouvido coladinho.
- Qual é a reação de seus filhos ao ver a mãe como uma vilã que maltrata criancinhas?
A Agnes e o Felipe que já são adolescentes veem a novela numa boa, mas não deixo de jeito nenhum que o Vicente, de 5 anos, me veja no ar. Ele não iria entender.
- Carminha merece a vingança de Nina?
Acho que ela já vem sendo punida. Não é possível que essa moça seja feliz. Uma pessoa que aprontou tudo aquilo não consegue dormir em paz. A melhor vingança é deixá-la carregar esse peso pela vida inteira.
Algumas das perguntas do jornalista à Adri, na entrevista, são repetidas e ridículas, ainda mais se tratando de uma revista como a Veja, onde vc imagina q terá jornalistas e repórteres intelectuais, q formulem perguntas interessantes, inteligentes, mais não....O bom é q a Adri acaba dando um jeito da entrevista ficar interessante, não sei, o modo como ela responde as perguntas, de forma clara, objetiva e, educada! E, em se tratando das perguntas, imagino o quanto deve ser difícil o artista ser simpático ao respondê-las. Pronto, mais um motivo aí q faz da Adri ser essa pessoa tão especial de quem eu tanto adoro! Adoro saber que a Adri ama uma cervejinha e um bom vinho. Também adoro!
Taís
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